Bom..ela acordou sentindo-se um pouco mareada. O pouco que se lembrava era de estar frente a frente a maior onda da sua vida e de ouvir os trovões mais assustadores e incrivelmente não ter corrido chorar no colo da mamãe, justo ela que temia trovões mais do que a prórpia morte.
Porém, naquele momento não tinha medo algum!! Ela estava parada ali na frente da onda, exigindo que ele a levasse, ela olhava com altivez, um pouco até de atrevimento, algo tão diferente que até questionou se estava possuída por algum demônio ou algo assim!
Não foi aquilo! Ela não poderia ter enfrentado o mar! Jamais poderia. Ela o amava, adorava, venerava, como assim estar na frente dele exigindo algo? Era uma graça ele ainda a aceitar como pessoa, ela...que se julgava tão indigna...mas o mar a arrebatou.
Com toda essa velocidade de pensamentos, ela se levantou. Rápido demais para a sua natureza tranquila. Julgou-se morta, mas não...ainda sentia dores típicas de afogamento. O que não a impediu de pensar se os mortos sentem dores. Foi caminhando, leve, formosa e completamente desengonçada e derrubou tudo em sua frente...vários pratos de porcelana.
Como eles foram parar ali? Como ela foi parar ali? Será que alguém sentiria falta dela? Bom..achava que não...ou melhor, tinha essa plena certeza.
Com o pensamento em ordem...partiu rumo ao grande salão....mas quando chegou...ela se indagou...como eu cheguei aqui, sou burra demais para ter percebido isso sozinha e como eu sabia?
Sim sim sim...confusão e ansiedade...e falta de auto-estima...coisinhas irritantes em um momento onde tudo o que você quer é sobreviver, saber o que está acontecendo na sua vida....
Sentiu de novo o gosto do mar em seus lábios...era interessante até...levando em consideração que ela estava em alto mar...e de repente..ela dá um grito!!
ESTOU NO FUNDO DO MAR!!!!!!!!!!!!!!!!
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