terça-feira, 15 de outubro de 2013

Gordice. Análise da situação de uma gorda há 27 anos.

Parece desespero ou quem sabe exagero...mas não conhece o dissabor de ser gordo! Mas que horror!!!

Nada parece demais...nada parece excesso, a não ser a gordura! Se falam pra você emagrecer..não é que você merece morrer, mas é que sabem melhor da sua saúde do que você pode prever..

Não existe suficiência, consciência ou ainda potência...quem sabe..flatulência?

Só que o gordo que nem se atreva a reclamar...por que consultoria de moda gratuita...quem é que pode ter isso sem muita labuta?

As pessoas só querem o seu bem..e querem programar a vida e enchê-la de regras...não se atreva a pensar diferente...seja divertido..extrovertido..engraçado, mas coadjuvante...e tenha em mente..tudo o que você fizer é gordice.

Claro..a gordice vai desde uma sujeira na roupa até a cura do câncer...se foi gordo que fez...gordice.

Claro..o gordo é dualista gente, falta e sobra...sobra gordura e falta bom senso. Tem que saber o seu lugar, a cor que usa, como falar e sentar...se não sabe...gordice.

Comer demais?Gordice! Usar estampa? Gordice! Conseguiu transar? Caridade do parceiro..e claro..gordice.

Mas pra que ter opinião se tudo o que deve ser feito está escrito e ao alcance da mão?

Pra que vontade e aspiração se tudo isso não passa de aberração? Tem que seguir o manual abençoado, meu irmão.

Porque eu já tenho que agradecer quando me permitem permanecer, né? Me permitem viver...mesmo que sem cor..porque sabe..gordo usando cor...não ornô!

Se a coisa tá ruim pro gordinho que sabe direitinho o seu papelzinho..imagina pro atrevidinho que acha que pode ser livrezinho? Amigo..tem que fechar a perninha, a cabecinha...pega a roupa pretinha e abaixa a cabecinha!! Por favor...gordo só faz gordice.

Mas olha...por mais que seja gordice..é a minha vida..se eu faço gordice e você magrice..eu acho bem melhor cada um com sua isse...sem esse diz que me disse!

Só que eu não preciso do seu olho clínico não...eu sei o que eu uso..eu tenho opinião..mas não vem com desculpa de saúde pro seu preconceito não!

Me deixa ser..e aproveita e vai viver!


(Obs: A escritora desse texto é gorda...e escreveu isso como um desabafo...porque é o que acontece com ela o tempo todo..ou todo o tempo...entre uma gordice e outra.ela ainda consegue pensar.)














domingo, 21 de julho de 2013

Então vamos falar de mulheres e animes?

Por que esse tema? Simples! Eu sou uma aficionada por animes e mangás de quase todos os gêneros, embora acho que a indústria peca no protagonismo. E qual é a razão?
Simples! É muito difícil ver animes onde as mulheres são protagonistas sem depender de homens pra qualquer coisa. Estranho, não?

Claro que alguns de vocês me falariam da Sailor Moon, entretanto, o Tuxedo Mask não ia salvá-la no final de cada episódio? Sem falar que a Serena como protagonista, é o arquétipo da derrotada que se apóia em todos e leva os louros. Tudo bem, temos Sailors fortes, só que a protagonista era uma dependente do Tuxedo Mask. Ninguém há de discordar.

]Também temos as Guerreiras Mágicas de Rayert. Elas são as principais e são as que lutam e também mostrou o crescimento das meninas durante a batalha e os prêmios finais sempre eram meninos. E eram garotinhas, o que deixa tudo cada vez mais enrolado. Claro, uma relação mais igualitária de mulheres e homens, só que é um de poucos.

Temos Sakura Card Captors que é uma protagonista que era dependente do Kero, mas isso se deve à idade e tudo o mais. Dá de 10 a 0 na Serena, na minha opinião.


As equipes dos animes e mangás são mistas, quando muito e nessas equipes, as mulheres são sempre salvas, isso quando não são objetificadas e salvas.
Exemplo: Fairy Tail. A equipe é formada por 5 pessoas. 2 homens e 3 mulheres. Temos Lucy, a personagem principal que tem a magia mais controversa de todas, que consiste em chamar seres de outro mundo para ajudá-la. E ela usa o corpo de forma hábil, sendo sempre despida. Ela sempre acaba nua de alguma forma. Mas o que isso realmente representa? Claro, é um ecchi, entretanto, as mulheres mais fortes, são masculinizadas e consequentemente mais cobertas. Temos Wendy que é uma criança, mas é confrontada com situações mais sensuais. Também temos a mais forte da equipe, Erza Scarlet é um exemplo: o uniforme dela é bem mais fechado do que o da Lucy, mas isso pode ser entendido como força ou será que a mais pelada não é forte? Onde que reside essa força? Será que só porque ela é mais sensual não pode ser forte também? Que tipo de mensagem isso passa?

Temos Katekyo Hitman Reborn, onde as mulheres são apenas coadjuvantes. Servem pra ser enganadas e salvas, isso quando o são. A não ser as arcobalenas, mas isso é outra estória.

Obviamente que são divagações e análises superficiais sobre alguns animes, que como tudo o que é veiculado na mídia, tem importância na fixação dos esteriótipos, mesmo que seu conteúdo seja completamente fantástico.

Na minha opinião, um anime que todas as mulheres deveriam assistir é Claymore. As mulheres são protagonistas, tem um homem no anime, mas ele é chorão. Não mostra uma igualdade, só que comparado com esses que eu citei, é bem mais interessante sob um aspecto feminino de força. As relações das mulheres são profundas e não são desesperadas ou ainda excessivamente emocionadas.

Bom, e você? Qual anime que você assiste que tem mulheres de protagonista? Elas exercem mesmo essa função?
Até a próxima.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O dia em que eu mandei um homem se calar.

O Brasil está nesse clima de manifestação popular e finalmente, eu saí do meu torpor e entrei na luta. Pode até parecer ir com a maré, mas algo mudou dentro de mim que eu não consegui explicar.
Na minha cidade, a manifestação foi em um fim de semana, mais precisamente em um sábado de manhã. Estava frio, meio chovendo, mas valeu a pena. Se bem que nem foi tão sofrido assim.
Saí de lá diferente, pode até parecer deslumbre, mas eu senti que algo havia reverberado. Tenho uma amiga que diz que até mexer com gavetas pode mudar a nossa forma de ver o mundo, então, por que um passo além da apatia não pode?

A conclusão chegou na segunda-feira. Um curso com funcionários públicos, classe a qual pertenço, mais por necessidade do que por qualquer coisa, mas digamos que eu faço o que eu gosto.

Em um desses cursos sempre ocorrem discussões sobre temas polêmicos e tem 10 mulheres para cada homem e incrivelmente eles conseguem monopolizar a palavra. Tudo bem

O tema era homossexualidade e como eu tenho vários amigos gays, eu não permitiria que tal pessoa os ofendesse dizendo que é possível respeitar discordando.

Primeiro: quem sou eu pra discordar com quem a pessoa se relaciona ou não? Paga as minhas contas? Eu pago as contas dela? Os heterossexuais tinham que achar mais coisas para fazer, não é?

Segundo: vem dizer que as pessoas fazem porque querem e é muita sem vergonhice. Discurso pautado na culpa judaico-cristã. Péssimo

Tentei ter a palavra e claro, o homofóbico machistinha que não acredita na representação de gênero não permitiu que eu falasse. Me interrompia. E eu fiz algo que nunca fiz na minha vida: Mandei ele calar a boca. Mandei um "xiu, estou falando." Eu! Renata Dias, a rainha do apaziguamento, mandei um homem se calar! Isso parece estupidez, mas pra mim, foi um passo a mais rumo ao movimento.
Mandei ele se calar e isso foi como se eu mandasse todos os homens se calarem porque a mulher aqui tem algo a dizer. Funcionou? Ele se indignou. Não era bem o que eu queria, mas deu certo. Polemizei. Mudei.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Fic o quê? Desabafo de uma newbie no mundo das fics.

"Fic o que?? Ficwriter!"
"Mas o que é isso?"
"É gente que não ter o que fazer e fica escrevendo estorinhas."
"Mas você não tem o que fazer?"
"Tenho, eu faço especialização, tô batendo a cabeça pra entrar no mestrado e acabei de perder o foco da minha vida."
"Então por que você perde tempo com isso?"
"O tempo é meu, não é?"

Esse diálogo nunca aconteceu na verdade, mas poderia ser bem possível, já que eu tenho idade o suficiente pra constituir família, sou idônea o suficiente para conseguir um empréstimo de R$4000,00 em menos de 10 minutos e colaboro com metade da renda da minha casa que é constituída por duas pessoas e um cachorro que parece mais humano do que eu na maioria o tempo. Sou uma mulher vista como adulta pela sociedade que a cerca, que já está respondendo aquelas perguntas do marido, namorado, dos filhos que eu nunca tive ou ainda de um suposto segundo casamento, então provavelmente eu não teria tempo e nem motivo pra gastar meu tempo com estórias sobre estórias que eu li ou animes que eu vi. Sobre releituras de ideias que não são originalmente minhas. (Não, fics não são somente disso. Você pode escrever sobre qualquer coisa, quadrinhos, livros, tirinhas, ou ainda criar as suas próprias estórias.)

Sem falar que tem um monte de gente que fala que animes, gibis, são coisas de criança. Só que eu me descobri como essa pessoa que ama ler, ama animes, gibis e tudo o mais, com mais de 25 anos!
Muitos falariam: "atrasada você, hein?"
Concordo. Atrasei demais tentando me adaptar a um molde que nunca me pertenceu. Não vou colocar a culpa em ninguém além de mim, já que eu sempre tive essa gana de agradar a todo mundo e eu que viesse por último. Ninguém tem nada a ver com isso e pegando essa ideia, ninguém tem nada a ver com isso. Antes de parecer mal educada, é só pra deixar claro.

Enquanto muitos estão protestando para mudar o mundo, outros estão tentando perceber quem vai ser a pessoa da vida deles ou ainda entrando em atividades que não gostam para poder satisfazer um ser invisível chamado sociedade, eu escrevo. Aí você me perguntaria:

Isso é nobre?

Não sei!

Por que você escreve?

Simplesmente porque eu preciso. Pode parecer exagero, mas eu sempre precisei escrever. Sabe quando você sente que tem algo faltando na sua alma? É isso!

O que você ganha em escrever pra quem quiser ler?

Sanidade! Amigos e sanidade.

Mas tudo isso? 

Sim! Tudo isso! Atualmente, estou passando por um momento de melancolia extrema e indecisão na minha carreira. Sem falar no início da insanidade. Eu sou bibliotecária, mas me formei em Letras e realmente não sei se sou apta para as salas de aula. Sim, eu amo livros, mas eu não quero fazer isso a vida toda. Preciso de emoção!

"Ah, mas de emoção todos precisam. E de onde você tira as suas?"

"Das minhas fics."

Então você fica enfiada em casa, perdendo de viver, de arrumar namorado pra escrever essas coisinhas que ninguém lê?

Fico sim.

E você é feliz com isso?

Feliz, é meio forte, mas pode se dizer que eu estou satisfeita. Sensação que eu nunca tive antes.

E como você sabe que tem gente que lê? 

As pessoas deixam aqueles comentários lindos. E tem uma coisa chamada storystats que consola quando você não tem comentários. Comentar é importantíssimo. Eu leio mais fics do que escrevo, sempre tentando comentar e nesse papel de leitora/comentadora, conheci muita gente. Até vi um pessoalmente e foi maravilhoso. Conheci gente e conheci realidades alternativas, que ironicamente é sobre o que eu escrevo. Esse ano eu conheci uma ficwriter maravilhosa por causa de um comentário que eu fiz na fic dela. E ela é a pessoa com qual eu mais converso ultimamente. Obrigada Anny-chan. 

Tudo, bem, não vou perguntar quem é essa Anny, mas então você me diz que isso te faz mais feliz? 

Eu disse antes que feliz é muito forte, fic dá trabalho pra escrever, editar, revisar, é artesanal e gratuito. Vai o meu nome ali e eu não quero mostrar qualquer coisa. Eu quero ler coisas boas, coisas que foram feitas com carinho. Não quero ler nada que uma pessoa fez sem qualquer critério, com erros constantes de português, com estórias com muito clichê que carregam ódio. 
Quero ter noção que a pessoa perdeu o tempo dela ali e a recompensa é o meu comentário. É como se eu pagasse a ela, mas sem realmente gastar nada. 
Tudo bem que os meus comentários são curtos, mas são de coração e eu sei que incentivam as pessoas.

Então você escreve, bastante, sobre coisas que não existem e de graça???

Sim! Escrevo bastante, tento postar periodicamente, sem erros pra manter os meus leitores interessados.

Mas vida que é bom, nada?

E o que é vida pra você??

Bom...eu....eu...

Porque pra mim, é fazer o que gosta. Eu demorei tempo demais pra saber sobre as coisas que eu gosto. Antes eu só sabia do que não gostava e essa subtração se mostrou mais complicada do que parece, eu escrevo. Todos os dias, tanto pra trabalhar, quanto pra estudar. Eu escrevo porque é assim a minha vida! Eu aprendo, eu escorrego, eu gosto, eu me frustro, principalmente quando eu gasto um tempão pra escrever e não tenho nenhum comentário, só que até eu, um ser que não é dotado de perseverança, aprende a se virar quando é pra escrever. A minha vida é essa. É pobre, sem grana, às vezes sem retorno, mas as fics são necessárias, são vitais.

E se alguém quiser dar uma lidinha nas minhas, dá uma passadinha no meu perfil: Mina Phantonhive

Mas esse é seu nome?

Não! Mas pseudônimo é chique e legal!! 



terça-feira, 11 de junho de 2013

Projeto de sociabilização.

Não pensem que eu desisti do projeto. A ideia continua viva em mim, contudo, percebi que sou um ser não sociável. Não gosto das multidões e sofro quando é pra sair de casa. Considero que tem algo errado. Esse ano é um ano muito obscuro para mim por muitos motivos. Tudo está desmoronando e eu estou a ponto de sucumbir. Que sucumba então. Quem sabe surge algo novo?
Nada se socializar nos últimos tempos a não ser na internet.
Conta, não conta?

sábado, 4 de maio de 2013

Projeto de sociabilização.

O projeto está engatinhando, ou melhor se arrastando! As minhas habilidades sociais ainda estão muito restritas ao mundo virtual.
No feriado, fui pra Londrina de ônibus e o máximo de interação que tive foi conversar com o cobrador por 2 segundos. 
Como estava com os meus amigos, não desenvolvi nenhuma habilidade nesse âmbito, mas não pude deixar de me divertir.
O feriado também foi bem sossegado e na volta disse para um senhor que a passagem era 3 reais. Estava com um inibidor de abordagens! Um livro. Era o Eu, Robô do Aisimov! Valeu a pena! Isso que tinha um ruivinho lindo no busão!
Fui trabalhar maquiada, foi um alvoroço e até aumentou um pouco as minhas habilidades sociais pra tentar me desvencilhar de toda aquela confusão!
Com os pequenos, eu sou a boa tia...está tudo bem.
Só que eu não vejo progresso algum ainda!
Nada de academia e nada de aula de dança no momento. Semana que vem é o retorno, veremos o que acontece.

sábado, 27 de abril de 2013

Projeto a favor da sociabilização - Prazo 8 meses.

Minha mãe sempre reclama que eu não faço nada na vida. Porque ser concursada e ter cursado duas faculdades, além de uma especialização e uma possível entrada para o mestrado não são nada. E ela tem razão.
Ela reclama que eu não tenho amigos e que eu fico enfurnada no computador o tempo todo. Como se eu fosse uma adolescente tardia. Sou uma adolescente tardia e antissocial.

A proposta é a seguinte:

Participarei de pelo menos uma atividade mensalmente que tenha por intuito a sociabilização.
Pode ser a matrícula em um curso ou uma arte marcial, o tão malfadado bate-papo Uol ou até mesmo a academia, sem faltas dessa vez.
Uma atividade diferenciada que retire essa casca de medo das pessoas de mim. E também pra ver se o meu círculo social aumenta.

Porque é enfrentando o inimigo que o vence, certo?
Espero que sim.
Vou postando as atividades conforme forem acontecendo! Até mais.