Minha mãe sempre reclama que eu não faço nada na vida. Porque ser concursada e ter cursado duas faculdades, além de uma especialização e uma possível entrada para o mestrado não são nada. E ela tem razão.
Ela reclama que eu não tenho amigos e que eu fico enfurnada no computador o tempo todo. Como se eu fosse uma adolescente tardia. Sou uma adolescente tardia e antissocial.
A proposta é a seguinte:
Participarei de pelo menos uma atividade mensalmente que tenha por intuito a sociabilização.
Pode ser a matrícula em um curso ou uma arte marcial, o tão malfadado bate-papo Uol ou até mesmo a academia, sem faltas dessa vez.
Uma atividade diferenciada que retire essa casca de medo das pessoas de mim. E também pra ver se o meu círculo social aumenta.
Porque é enfrentando o inimigo que o vence, certo?
Espero que sim.
Vou postando as atividades conforme forem acontecendo! Até mais.
sábado, 27 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
A tal da militância....
Em tempos do politicamente correto misturados com a apatia permanente, percebemos a necessidade de encontrarmos uma causa pra lutar, além disso, mostrar a luta acontecendo.
Nunca se viu tantos abaixo-assinados, tantos fatos aparecendo, tanta causa pra lutar e tanta gente jogando na sua cara o quanto você deveria participar, não ser apático, manipulado pela mídia e pelo monstro governamental e aproveitando os espólios da guerra alheia.
E o que a gente faz? Assim como eu, você fica sentado na frente do computador pensando e até considerando que está mudando o mundo assim! Só que sempre fica aquele sentimento de culpa, de não ser o seu rosto pintado, de você não estar lutando ativamente por aquilo que acredita...isso se acreditarmos em alguma coisa.
Não, eu não carrego cartazes! Não vou em passeatas, apesar de ter muita vontade de comparecer e de algumas vezes perder a hora pras mesmas e as minhas postagens no face não são embebidas de intelectualidade, só que eu tenho a minha militância.
E apesar da mesma não ser muito inflamada, consiste em uma ação displicente de conscientização do respeito próprio. Não existe um pré-projeto ou um objetivo a se atingir, é só uma ação.
Eu trabalho em uma escola que é muito especial para mim, sou uma mera bibliotecária que tenta ler o suficiente pra ser um exemplo para seus alunos, mas nem só de livros vive a minha biblioteca.
Ela é regada de lágrimas, de garotos e garotas tentando se encontrar, tentando ouvir uma palavra amiga ou até mesmo ríspida, que eu antes não saberia como oferecer.
A minha militância consiste em fazer com que as meninas saibam que dar o celular para o namorado apagar as mensagens de outros meninos é horroroso e elas fazerem o mesmo também o é.
Não é uma causa, não levanto cartazes, é uma vocação.
Preciso que elas se respeitem, que saibam que podem ser gente e ser gente melhor, sem essas neuras e que aproveitem a juventude com a vida, antes de se atrelarem a uma relação nociva.
Que pensem que podem ser gente ser ter um par do lado.
A minha militância consiste em indicar mangás e livros para lerem, em entrar em um RPG improvisado e ter um cargo de Guardiã, mesmo que a dezena da minha idade esteja prestes a mudar outra vez...ou ainda oferecer meu vídeo-game para que a aluna conheça esse "brinquedo" pela primeira vez em um jogo simples de Super Mário e ouví-la dizer: Tia, tia, peguei o cavalinho!
Minha militância consiste na minha imaginação viva e determinada a abrir os olhos de pelo menos uma criança.
Essa é a minha causa, utilizar meu cargo, minha imaginação, todo o meu ser em prol de poucas pessoas, em prol das crianças que eu amo tanto...e que eu espero que levem isso pra frente...
Não digo que eu não vou em passeatas. Ouvi de uma professora que eu respeito muito e de um amigo que eu tenho muito apreço, que quando eu menos esperar, estarei empunhando um cartaz por uma causa que eu acredite, quando eu menos perceber...mas será que eu não estou fazendo isso?
Será que cada cartaz que eu deveria empunhar ou cada grito que eu deveria proferir não se traduz no abraço que eu dou ou ainda no ato de ensinar uma garota a fazer uma redação?
Eu não sei...só que eu achei a minha causa, o meu encanto de viver...pode ser simples, sem glamour, mas é meu!
E vamos militar mais uma vez.
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